Powered By Blogger

Alimentação na gravidez deve ser equilibrada e a quantidade controlada

O aumento de ingestão calórica durante a gravidez deve ser feito com parcimônia, cuidado e visando mais à qualidade do que à quantidade dos alimentos ingeridos. Ao contrário do velho ditado que diz que mulher grávida come por dois, o aumento dessa ingestão calórica deve girar em torno de 30% e só é necessário no último trimestre da gestação e no início da amamentação.


Um aumento exagerado no consumo alimentar é ruim não somente para a mãe – que pode desenvolver a diabetes gestacional – como para a gravidez em si – a hipertensão pode levar à pré-eclampsia, colocando o feto em risco de morte – e para o bebê, que pode desenvolver a obesidade em idades mais avançadas, como já indicaram diversos estudos científicos.






“Para a mulher que acabou de engravidar, não há cuidados específicos que devam ser indicados. Os cuidados para essa nova mamãe são os mesmos para qualquer pessoa que queira ter uma vida saudável: fazer atividades físicas regulares, deixar o hábito tabagista e ter uma alimentação equilibrada com aporte ideal de macro e micronutrientes – como vitaminas e minerais”, explica Viviane Guerra, nutricionista do Hospital Santa Catarina, em São Paulo.






Para a especialista, essa boa alimentação se consegue consumindo adequadamente uma boa variedade de frutas, legumes e verduras – idealmente entre 3 e 5 porções variadas desses alimentos –, fibras alimentares (presentes nos alimentos integrais), leite e derivados (que contêm cálcio, importante para a gestante). “Além disso, é importante a ingestão hídrica adequada: muita gente esquece que a água é importantíssima para o trato digestório e para o organismo de uma forma geral”, completa.






Já os alimentos a serem evitados pelas gestantes também não são nenhum segredo. “Aquele grupo de alimentos que chamamos de fast-food, que não se restringem aos lanches e batatas fritas, mas também aos salgadinhos e snacks industrializado, além de outros alimentos com pouca qualidade, mas grande quantidade de calorias, devem ser evitados sempre. Alimentos enlatados também, mais por uma questão de perda de nutrientes durante o envase do que qualquer outro fator”, aponta Viviane.






Com uma alimentação consciente e equilibrada, lembra a nutricionista, não é preciso nem pensar em consumir complementos multivitamínicos. “Essa é uma confusão que muitas pessoas fazem, de que é possível complementar uma alimentação ruim com as vitaminas compradas em farmácia. Se a alimentação está boa, não é preciso, e se há uma deficiência, isso é sinal de alguma patologia, como uma desnutrição”, explica.






Acompanhamento nutricional antes, durante e após a gestação






O acompanhamento nutricional também não deve se restringir ao período da gravidez, diz Viviane. O controle do sobrepeso e a alimentação equilibrada devem fazer parte da vida das mulheres que pensam em engravidar. “O ganho de peso pode se acentuar durante a gestação, por isso é importante controlar essa condição em um momento anterior à gravidez. Os problemas de saúde relacionados ao sobrepeso e à obesidade são diversos: a diabetes gestacional não é incomum, e a hipertensão pode levar à pré-eclampsia, condição que eleva consideravelmente o risco de morte da mãe e do bebê”, aponta a nutricionista.






Após o nascimento da criança também é importante que as mães não descuidem da alimentação. Viviane aponta que o aumento da ingestão calórica de uma lactante deve ser de até 500 kcal a mais por dia. Enfatizando, novamente, a qualidade dessas calorias.






“Outra coisa importante é que as gestantes e mamães podem continuar usando adoçantes normalmente. Isso ajuda a controlar a ingestão calórica. Quanto ao mel, é preciso estar atenta. Há diversas mudanças no metabolismo da mulher durante a gravidez e como o mel é um produto totalmente natural – e que pode trazer alguma substância alergênica, como o pólen – pode haver algum tipo de sensibilidade no organismo. Isso não traz perigo para o feto, mas é importante estar atento”, alerta a especialista.






No caso das crianças com menos de 1 ano, a mesma coisa: como o sistema imunológico está em desenvolvimento, essas substâncias alergênicas que podem estar no mel também podem levar ao desenvolvimento de certas alergias inesperadas, completa Viviane.

Nenhum comentário:

Postar um comentário