Não se assuste com o fato da cabecinha do nenê possuir uma parte um pouco mais “molinha”. As fontanelas, nome utilizado pelos médicos para as famosas moleiras, são bastante resistentes e cumprem perfeitamente a tarefa de proteger o cérebro do bebê.Para tranquilizar as mamães, o Dr. Durval Daniel Filho, médico pediatra do Hospital Albert Einstein (SP), fala sobre o assunto e esclarece as principais dúvidas.
Para entender
Os ossos do crânio de um recém-nascido não são totalmente unidos. “A fontanela é o espaço em que os ossos se juntam, um losango coberto por uma membrana que costuma ser bem visível. Já os espaços menores, parecidos com linhas, chamamos de suturas”, explica o pediatra.
Na verdade, os bebês possuem duas moleiras. A menor, um pouco acima da nuca, costuma passar despercebida pelos pais. Já a maior fica no alto da cabeça e seu tamanho varia de uma criança para outra. “Talvez, por ser visível, a fontanela
frontal possa ser motivo de preocupação para os pais, mas não existe a menor necessidade para isso. O cérebro está bem protegido, a membrana é bastante resistente e o local não requer cuidados específicos”, afirma Durval.
As funções
Esses espaços entre os ossos do crânio do bebê têm funções muito importantes. Primeiramente, eles possibilitam uma contração da caixa craniana no momento do parto, facilitando a passagem da cabecinha pelo canal vaginal.
A segunda função é permitir o crescimento encefálico da criança, pois o desenvolvimento do cérebro é bastante acentuado no primeiro ano de vida. “A natureza é sábia. As fontanelas são espaços reservados para o aumento necessário”, esclarece o especialista.
Ele ressalta, ainda, que, apesar da aparência “molinha”, as moleiras são bastante resistentes. “A membrana que cobre o espaço é bem forte. Afinal, ela precisa proteger o cérebro do bebê. O tecido é preparado para isso, passar a mão ou fazer uma leve pressão para lavar a cabecinha durante o banho não faz mal algum.”
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