Pesquisa indica que alguns tipos de infecção podem ser responsáveis pela maioria dos partos prematuros. Especialista fala sobre o perigo da infecção e de como preveni-la
Um estudo realizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, mostrou que infecções não reconhecidas do líquido amniótico podem ser uma das principais causas do parto prematuro.
Os cientistas usaram uma técnica chamada reação em cadeia pela polimerase - método de criação de múltiplas cópias de DNA, sem o uso de organismos vivos - para coletar microorganismos do líquido amniótico de 166 mulheres em trabalho de parto prematuro. Foi concluído que 25 amostras estavam contaminadas com bactérias ou fungos.
De acordo com Ana Paula Santiago, ginecologista do Hospital e Maternidade São Camilo, esse problema não é muito comum, mas se a mãe adquirir a infecção pode prejudicar a criança. “Muitas mulheres não acreditam no perigo desse problema. Ela ocorre pelo canal vaginal e existem microorganismos que conseguem se infiltrar na bolsa amniótica sem rompê-la”, diz.
O líquido amniótico é um fluido que envolve o embrião, preenchendo a bolsa que protege o bebê de choques térmicos durante a gestação. É a partir desse líquido que se realiza o pré-natal.
Ana Paula alerta para a necessidade de exames logo no começo da gravidez. “É muito importante fazer testes de urina e de sangue para confirmar se a mulher grávida está livre desses microorganismos. Uma vez que o líquido amniótico for infectado, o tratamento será complicado e a mulher será hospitalizada”, diz.
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