Você sabia que é muito comum as crianças respirarem mais pela boca do que pelo nariz? A grande questão é que, como o nariz funciona justamente como um filtro que umedece e aquece o ar para que chegue aos pulmões na temperatura ideal, esse tipo de hábito aumenta o risco de gripes, alergias, sinusites, ronco.
Há vários motivos que levam à criança a respirar pela boca, desde obstruções orais, como adenoides e amígdalas grandes, até desvios de septo ou algum tumor que prejudique a respiração. Chupar o dedo e chupeta também aumentam o risco, porque favorecem o mau posicionamento das arcadas dentárias, o que ocasiona a falta de vedamento labial (quando a criança não fecha a boca). Por outro lado, a amamentação tem um papel importante como prevenção do problema. Isso porque o movimento da sucção fortalece os músculos da face e melhora o posicionamento da língua.
Quem respira pela boca pode apresentar, ainda, sintomas como cansaço, por não dormir bem e por fazer um esforço maior para conseguir respirar, olheiras. Ela pode ter o céu da boca mais profundo e, com o ressecamento bucal, aumenta a incidência de cárie. Até a postura pode ficar alterada porque, ao respirar pela boca, ela projeta o pescoço para a frente.
Diagnosticar o problema o quanto antes é fundamental para evitar sequelas. O odontopediatra é quem vai avaliar o que provoca a respiração bucal e encaminhar para outros especialistas dependendo do caso da criança. Se o problema for na musculatura, por exemplo, o fonoaudiologista poderá ajudar no seu fortalecimento. Se for na arcada, o ortodontista, com auxílio de aparelhos dentários, irá reposicioná-la para que volte ao normal. E fique de olho: se você suspeitar que seu filho é um respirador bucal procure ajuda o quanto antes, porque as chances desse processo ser revertido são enormes.
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