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Medo de Água...Dicas contra a fobia infantil de água

Algumas crianças pequenas têm verdadeiro pavor de entrar na água. Os pais acham que basta matricular o filho ou a filha em uma escola de natação que tudo se resolve, mas nem sempre é bem assim. De acordo com a coordenadora de natação infantil da academia Aquatop, Raquel Lobo, os principais responsáveis pela criação deste medo são os próprios pais. Na maioria das vezes, as crianças que chegam com medo de mergulhar ou até de chegar perto da piscina ou do mar tiveram experiências desagradáveis com a água desde bebês.




“Temos um caso de uma criança de dois anos que nem entrava na academia, de tanto medo de água. A professora ia até a calçada em frente e conversava com ela, até convencê-la a entrar na piscina. Esse processo levou semanas”, revela Raquel.






Ela dá dicas do que os pais e responsáveis pela criança (avó, babás, tias e tios) podem fazer para impedir que esse medo apareça ou cresça:






• Cuidado com o banho do bebê - Segundo Raquel Lobo, geralmente a maior parte das crianças que têm medo de água sofreu um trauma nos primeiros banhos. Ou seja: a pessoa que levava o bebê não estava capacitada e a criança pode ter sofrido um leve afogamento. Ela vai sempre se lembrar dessa experiência quando olhar para a água. Portanto, é importante que a pessoa que cuida do bebê tenha muito cuidado na hora dos banhos.


• Ao lavar o rosto da criança – É importante deixar a água escorrer normalmente. Passar a mão imediatamente para secar os olhos pode impedir que a criança se relacione com a água de maneira natural.


• Regador na hora do banho - Usar um regador de praia para jogar água devagarinho no rosto da criança, para que ela se acostume e não secar a água que cai.


• Mergulhos rápidos com os pais - Nunca mergulhar o bebê de uma só vez na água. Ele precisa de tempo para conseguir se preparar para segurar a respiração. É importante segurá-lo pelas mãos e ir mergulhando aos pouquinhos. Os pais pensam que é mais seguro mergulhar o bebê “de um susto só”, mas é importante que a criança perceba o que está acontecendo. Contar uma historinha e ir afundando pouco a pouco com uma cantiga de roda são ótimos exercícios.


• Bóias de braços e outras – As bóias são apoios, mas nenhuma delas dá segurança total à criança. É importante que ela aprenda a se equilibrar com elas. Muitos traumas de afogamento acontecem com crianças que usam bóias, mas não se sustentam com elas. A supervisão permanente dos adultos é fundamental.


• Água é diversão, não obrigação - Nunca forçar uma criança que tem medo da água a mergulhar. Ela precisa estar convencida de que a água não oferece perigo. É fundamental o diálogo e fazer o passo a passo lentamente para não assustá-la ainda mais.


• Susto – Se uma criança cair na água, é claro, tem que resgatá-la imediatamente. Mas é importante que a pessoa que a salve aja naturalmente e não grite nem demonstre desespero. Basta conversar com a criança calmamente que ela não deve fazer isso de novo.


• Diversão com a família – De vez em quando, levar os filhos nos finais de semana para um local que tenha água, como piscina, parques aquáticos, praia. É importante mostrar à criança que a água faz parte da vida.


• Respeitar os limites de cada um - Cada filho é diferente do outro, mesmo os gêmeos. Não adianta fazer comparações. Também na piscina, é preciso reconhecer que cada indivíduo tem o seu ritmo próprio para enfrentar os desafios.



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