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O bebê está chegando...Os medos do parto.

A gravidez envolve sempre alguma turbulência emocional...




O aproximar do final da gravidez pode despertar alguma ansiedade associada ao parto, à forma como irá decorrer e ao momento em que verá e tocará o seu bebé pela primeira vez.


Algumas mulheres começam a temer o parto a partir do momento em que descobrem que estão grávidas. Outras começam a sentir sinais de ansiedade a partir do sexto mês de gravidez. Sintomas como palpitações, tonturas, medo intenso, pesadelos, queixas físicas e dificuldades de concentração apontam para a existência da ansiedade associada ao parto. É muito comum as futuras mães terem sonhos referentes ao parto, ao bebé, às alterações do seu corpo e às expectativas em relação a si mesmas e ao bebé. O sonho tem uma função fundamental nestes casos, pois oferece a oportunidade de enfrentar antecipadamente a tensão do parto, numa tentativa de a dominar.






As consequências negativas da ansiedade


Quando a ansiedade é excessiva podem surgir consequências negativas, como a possibilidade de um parto prematuro ou tardio, bebés com baixo peso, maior probabilidade de cesariana, menor probabilidade de um parto tranquilo e aumento da probabilidade de uma depressão pós-parto. Paralelamente, a forma como o parto é vivido pode influenciar a relação entre a mãe e o bebé. O excesso de ansiedade associada ao parto tem quase sempre uma causa específica. Existem mulheres que estiveram expostas a situações extremamente violentas, como violações, abortos espontâneos, abortos provocados que geraram culpabilidade, infertilidade, partos anteriores com complicações, contacto com histórias de partos complicados, entre outras.


Para reduzir a ansiedade, devemos começar por tentar perceber a sua causa. Por ser um momento cheio de incertezas e imprevistos, o parto está associado a vários tipos de medo: Medo de não reconhecer correctamente os sinais do trabalho de parto, medo de sentir dor, medo de falhar, medo da ameaça à vida da mãe e do bebé, medo de não conseguir controlar a situação, medo que surjam complicações e medo de não conseguir participar adequadamente no nascimento do bebé.






O pai deverá compreender a mulher que não deseja a sua presença e prefira a companhia de alguém que já passou pela mesma experiência






Como ultrapassar os medos


A futura mãe deve falar com o seu médico sobre o assunto ou procurar um psicólogo, expondo os seus medos para que sinta que está a ser ouvida e compreendida e não carregar sozinha esse peso. Além disso, o técnico poderá fazer sugestões e tentará ajudá-la a ultrapassar omedo. É importante perceber que o medo faz parte de qualquer gravidez. Hoje em dia existem várias formas de diminuir a dor durante o parto e amulher deve discutir todas as hipóteses possíveis como seumédico, não hesitando em fazer perguntas sempre que ficar com dúvidas. Ler livros e revistas que falem sobre os diferentes tipos e momentos do parto, para que saiba identificar quais são os primeiros sintomas do trabalho de parto, poderá ajudar a que se sinta mais segura. Por outro lado, a prática de exercícios de respiração durante a gravidez podem ajudar a futura mãe a acalmar-se ao longo da gravidez e nomomento do parto.Nas aulas de preparação para o parto amulher poderá obtermais informações sobre a gravidez, parto, exercícios de respiração e relaxamento. Começar a fazer massagens após a 34ª semana, se não tiver contra-indicações, também poderá ajudar a relaxar os músculos, facilitando o parto.






A forma como o parto é vivido pode influenciar a relação entre a mãe e o bebé






Um acompanhante no parto


É também importante decidir previamente se quer que alguém assista ao parto, tendo o cuidado de escolher uma pessoa que lhe transmita confiança e segurança. Se for possível, poderão adaptar o espaço hospitalar, tornando-o mais acolhedor; a futura mãe poderá levar a sua almofada, alguns objectos e músicas preferidas. Apesar do desejo da futura mãe para que o seu companheiro esteja presente durante o parto, por vezes é o futuro pai que, ao pensar no parto, coloca imediatamente fora de questão a hipótese de estar presente. Deve-se muitas vezes aos relatos de experiências menos bem sucedidas, que desper tam medos com os quais não conseguem lidar. Mas, se efectivamente o futuro pai deseja assistir ao parto, não se deve deixar influenciar por essesmedos. Porém, a opção de não estar presente não deve ser criticada e o facto do pai não presenciar o nascimento do seu filho, não tem qualquer tipo de correlação com o desempenho do papel de pai. Nem todos os homens se sentem preparados para um momento destes, a ideia de ver nascer o filho pode desencadear eventualmente ansiedade e angústia. Se o pai decidir participar, os cursos de preparação para o parto são ideais para aprender e praticar algumas técnicas com a futura mãe para enfrentar as dores e o parto, envolvendo e ensinando o pai a respirar em conjunto com a mãe, a segurar a sua cabeça durante as contracções e até a ajudar nos puxões. O pai tem ainda a oportunidade de poder manifestar as suas dúvidas relativamente à gravidez e também adquirir conhecimentos para que a sua presença na sala de partos seja uma mais valia. Por outro lado, o pai deverá compreender a mulher que não deseja a sua presença e prefira a companhia de alguém que já passou pela mesma experiência. O desentendimento relativamente a esta matéria não deve desapontar nenhumdos dois.





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