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Quantidade x Qualidade do Tempo. Como ficam os filhos?

A Difícil Equação: Quantidade x Qualidade do Tempo









Vocês, pai e mãe que trabalham (e quantos ainda estudam !!!), como estão conseguindo equacionar qualidade x quantidade do tempo dedicado ao(s) seu(s) filho(s) ? Sabemos o quanto é difícil. Sempre persiste aquela duvidazinha..., que às vezes até se transforma em culpa.
Pois saibam que não são os únicos a terem esta preocupação. Arriscamos até a generalizar, dizendo que é certamente uma dificuldade que a maioria dos pais que trabalha enfrenta hoje em dia. É uma questão atual, pois nas gerações passadas ela não existia, já que o papel da mulher era cuidar da família, e o do homem, prover seu sustento.
Acontece que a nossa sociedade vem passando por mudanças naturais, mas de maneira muito acelerada. Se por um lado essas mudanças são libertadoras, por outro, desdobram-se em situações desgastantes . E entre essas situações está o fato de que atualmente existe uma demanda para o papel do homem e da mulher, não mais distinta e delimitada como antes, mas de igualdade, tanto para cuidar quanto para prover o sustento da família.
Vocês hão de concordar conosco de que esta não é uma questão, nem simples, nem mesmo fechada em si; afinal de contas, ela traz implícitas muitas facetas. E uma delas que nos chama a atenção e que tratamos neste artigo é justamente a mais maçante: a das rotinas domésticas. Mas e a qualidade x quantidade do tempo com as crianças, como fica?
Para responder a esta pergunta, vamos ilustrar com o comentário feito em uma de nossas palestras para pais. Estávamos falando sobre "o sim e o não na educação dos filhos", e uma mãe nos relatou a seguinte situação.
"Outro dia, quando chegamos eu e meu marido do trabalho e nosso filho da creche, ele queria que brincássemos com ele. Mas nós estávamos sem empregada e tínhamos "mil coisas" para fazer: colocar roupa na máquina, adiantar o jantar e preparar as coisas para o dia seguinte. Já era tarde e não podíamos perder tempo brincando. Rolou um estresse e tivemos que dizer para o nosso filho ir brincar sozinho. Conclusão: ficamos eu e meu marido culpados e nosso filho insatisfeito. Haveria outra saída?"
Muitos pais já viveram esta situação: cansados depois de um dia de trabalho, com saudades do filho e ele, por sua vez, cheio de novidades para contar e ansioso por atenção e carinho.
Vamos pensar... Talvez pudesse ter sido diferente. Partindo do pressuposto de que aquele casal dividisse tanto os cuidados com o filho como as rotinas domésticas, independentemente do que cada um estivesse fazendo, teria sido muito mais produtivo, agradável e de ganhos relacionais incontáveis, se eles tivessem acolhido seu filho, ao invés de excluí-lo dizendo que fosse brincar sozinho.
Uma maneira de acolher a criança, no simples exemplo de colocar a roupa na máquina, teria sido convidá-la com entusiasmo para participar do jogo do cotidiano da casa, de acordo com seu nível de maturidade, entendimento e força física. O simples fato de imbuí-la da responsabilidade de separar as roupas que iriam para a máquina por cor, características e tipos de tecido, enquanto conversassem sobre como foi o dia de cada um, abriria certamente um espaço de qualidade na atenção, criando um momento mágico de aproximação, cumplicidade e intimidade, fundamentais na relação pai/filho, mãe/filho.. E aqueles pais estariam instigando a curiosidade, o aprendizado psicomotor e intelectivo, a cooperação e tantas outras.
Para finalizar, pai/mãe, deixamos uma sugestão: sempre que a rotina familiar estiver interferindo de alguma maneira nas relações afetivas de sua família, busquem uma maneira criativa de mudá-la. Experimentem e observem os resultados.

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