Os problemas que a toxoplasmose pode causar ao bebê variam de acordo com o trimestre da gravidez em que ocorre a infecção materna. No primeiro trimestre, se a mãe está com a doença ativa e há a transmissão para o bebê, os perigos são maiores. “A criança pode ter encefalite e nascer com as seqüelas da doença, ou apresentar lesões oculares cicatriciais e prejuízo importante da visão, dentre outras conseqüências”, informa a oftalmologista Laura Duprat, que integra o corpo clínico do IMO. É bem verdade que, nesta fase, não é incomum o abortamento espontâneo tal o tamanho dos danos que o parasita provoca no feto. De qualquer maneira, nesse período, a probabilidade de transmissão para o embrião é menor, não ultrapassa a 10%, 20% dos casos.
Já no segundo trimestre, a transmissão ocorre em 1/3 das gestações em que a mãe apresenta a doença ativa, mas o feto consegue conviver razoavelmente com as agressões do parasita que serão mais atenuadas, embora possam ocorrer nascimentos com pequeno retardo mental e problemas oculares, por exemplo. No terceiro trimestre, a transmissão da mãe para o feto é muito comum, mas a doença se mostra menos danosa para o recém-nascido.
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