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Cuidar e estimular a audição de seu bebê. 10/10/2010 DIA NACIONAL DA AUDIÇÃO

Por Letícia Félix




Mais de três milhões de crianças na América do Norte têm problemas de audição. No Bra­sil, não existem dados a esse respeito, mas estima-se que seja um número semelhante, apesar de a população ser menor. Dessas crianças, aproximadamente 45% (1,4 milhões) têm menos de três anos de idade. Neste Dia Nacional da Audição, 10 de novembro, saiba como cuidar e estimular este sentido do seu filhote.


Quem pensa que o desenvolvimento da audição começa após o nascimento está mui­to enganado! Na barriga da mamãe, o pequeno já pode reconhecer e perceber sons. Na 13ª semana de gestação, ele os percebe por meio da vibração na pele. Na 17ª semana, já é capaz de ouvir um pouco do que se passa dentro e fora do corpo da mãe. Por volta da 20ª semana, distingue a voz materna. Ao nascer, a audição está pronta, mas não madura o suficiente.






Fique de olho






Falhas auditivas podem ser notadas bem cedo, permitindo, em alguns casos, um me­lhor diagnóstico. Fique atenta aos sinais manifestados no comportamento da criança que não se interessa por brinquedos baru­lhentos ou que os manipula com muito ruí­do. Isso também vale para aquela que, entre 12 e 18 meses, não aumenta seu vocabulário ou não atende quando é chamada pelo nome.






Sem crises!






Lembre-se de que cada criança tem um ritmo diferente de desenvolvimento, e de que constantes visitas ao pediatra garantem um melhor acompanhamento do crescimen­to do seu filhote. Respeite o tempo do seu fi­lho e ajude-o sempre com brincadeiras.






Teste da orelhinha






O exame consiste na colocação de um fone (acoplado a um computador) na orelha do bebê. Este fone emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do pequeno produz. Ao contrário do teste do pezinho, o teste da orelhinha é indolor!






Por lei, hospitais e maternidades públicos do Brasil são obrigados a realizar o teste gratuitamente. Ele dura aproximadamen­te 10 minutos e é feito enquanto o bebê dorme, naturalmente. Não deixe de fazer esse teste no seu filho!






Fala e audição de mãos dadas






Para o aprendizado da linguagem, é fundamental que a criança tenha uma boa audição. Isso é superimportante já que as crianças aprendem a falar ouvindo. A maior parte do desenvolvimento da linguagem infantil ocorre nos primeiros dois anos da vida dela. "Se um problema de audição não for detectado até a criança entrar na escola, ela já terá o desenvolvimento psicológi­co e pedagógico comprometido", explica a pedagoga Carol Pinheiro.






Para fazer em casa






Procure testar a audição do seu bebê constantemente. Você precisa e deve con­tinuar a fazer testes com ele em casa. Sua criança pode ter indício de perda auditiva, então fique atenta quando ela:






➜ Não se assusta, move, chora ou reage a barulhos e sons inesperados.






➜ Não desperta com barulho.






➜ Não move sua cabeça em direção ao som da sua voz ou de outros.






➜ Não imita naturalmente o som que ouve.






Use o bom-senso






É normal que as mamães se desesperem com reações inesperadas dos bebês. Portan­to, pegue leve! Mesmo que seu pequeno pos­sa ouvir algo imediatamente, se isso não interessá-lo em tal momento, ele pode não dar atenção ao que foi dito. Aprenda e entenda esses acontecimentos, continuando a testar a audição dele.






Estimule!






Incentive as formas de comunicação e os sentidos do seu filho. Assim, você o ajudará a desenvolver o raciocínio e a independên­cia. Por isso, é de extrema importância que o tempo da mamãe com o bebê seja prazeroso e de constante ensinamento.




Cada fase, uma novidade

 
Veja o que a criança faz a cada etapa da vida:






Até os três meses: acorda com bastante barulho.






Dos três aos seis meses: olha e se vira em direção às vozes.






Entre seis meses e um ano: tenta reproduzir o que ouve através de sílabas como "mã-mã".






De um a dois anos: fala palavras comuns, interagindo com os adultos.










Cinco passos para manter a boa audição de seu bebê






1. Conversem!






Faixa etária: do nascimento em diante.






Escute e fale com a sua criança durante todo dia sem se importar com o tipo de resposta. Quando você fala com ela, está mostrando como usar os lábios e a língua. Aprenda o significado do choro e dos gestos do seu filho. Ouça os sons que ele faz e observe a maneira com que ele se move.






Dê nomes às cores e às coisas que são vivenciadas no dia a dia do bebê. Cumprimente-o toda vez em que o ver, repetindo o nome dele. Essas conversações podem parecer em vão, mas são importantíssimas. Passam confiança e fortalecem os laços entre mãe e filho.






2. Cante!






Faixa etária: do nascimento aos três anos.






Cante para e com o seu bebê. Quando ele estiver acordado, cante com voz suave e melodiosa. Isso ajuda a acalmá-lo. Durante as atividades diárias, como a alimentação, a troca de fraldas e o banho, as cantigas de ninar são um alento para ele. Desse modo, o pequeno aprenderá que a comunicação dele com você é importante.






3. Leia!






Faixa etária: do nascimento em diante.






Nada estimula mais a inteligência de uma criança do que escutar você falar. Por isso, leia livros ilustrados com figuras e desenhos, ensinando-a sempre! "Deixe o bebê olhar todas as ilustrações à vontade e sem pressa. Além de ser um ótimo momento em família, estimula a criatividade", orienta a pedagoga.






4. Imite os sons






Faixa etária: do nascimento aos três anos.






Brinque de imitar o zumbido de um avião ou o latido de um cãozinho. Gravar os sons que ele faz aos três meses de idade e a cada três meses da vida pode ser muito divertido. Mostre-lhe os sons, fazendo com que ele se divirta ouvindo a si mesmo.






5. Ensine o bebê






Faixa etária: do nascimento aos três anos.






Diga a ação, como "sorria", e faça o gesto do sorriso. Ele aprenderá a imitá-la. Mostre os objetos dizendo o nome e para que servem.






Cuide-se!






Um bom pré-natal e a saúde da mamãe po­dem ajudar a prevenir problemas de audição. Na gestação, sífilis, herpes, toxoplasmose e rubéola podem causar surdez no bebê. Histó­rico hereditário por parte dos pais, também. Por isso, consulte seu médico e procure co­nhecer as deficiências da família.











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