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Enjôo, azia, cãimbras...são muitos desconfortos, na gravidez.

Nem tudo são enjôos na gravidez.
Mas a verdade é que eles acontecem.
E também as dores nas costas, a falta de ar, as cãimbras...
Para resolver, muitas vezes, basta mudar a alimentação.
Fazer um exercício específico ou simplesmente repousar também ajudam.
Por que não tentar?


Azia


Sensação de queimação na altura do peito, acompanhada ou não de regurgitação. Acontece no começo da gravidez, passa, e volta lá pelo 5º mês.


Causas: diminuição dos movimentos do estômago e do intestino, que faz o alimento voltar, irritando as paredes do esôfago. Além disso, o crescimento do útero empurra o estômago para cima, favorecendo o refluxo.


Nossa dica: coma aos pouquinhos, várias vezes por dia. E caminhe depois das refeições principais.


Cãimbras


Dor intensa com enrijecimento da coxa, barriga da perna e do pé. Mais comum entre o 6º e o 8º mês, principalmente à noite e pela manhã, ao acordar.


Causas: distúrbios circulatórios, carência de cálcio e potássio.


Nossa dica: massageie o local. Se for nos dedos dos pés, puxe-os com firmeza em direção ao joelho. Como prevenção, faça exercícios físicos para ativar a circulação.


Cólicas


Dores fortes no abdômen. Normais no começo e no final da gestação.


Causa: o crescimento e a distensão do útero.


Nossa dica: repouse! Se a dor for muito intensa, vale comunicar ao obstetra.






Dores nas costas


Estendem-se por toda a região lombar. Presentes durante a gravidez inteira, agravam-se depois do 7º mês.


Causa: a mudança no centro do equilíbrio do corpo – as costas são projetadas para trás e a barriga para a frente – provoca uma lordose na coluna.


Nossa dica: quando deitar ou sentar, escolha posições que aliviem a dor. Use almofadas como apoio.






Enjôos

Atingem cerca de 50% das grávidas e são mais comuns nos primeiros três meses da gestação.


Causa: alterações hormonais que interferem no funcionamento da glândula supra-renal e do fígado.


Nossa dica: evite ficar muito tempo de estômago vazio. Prefira alimentos gelados e salgados, aos quentes e doces, em geral. Permaneça longe de cheiros fortes como os de frituras, café e cigarro. Para aliviar, chupe gelo. Atenção: enjôos seguidos de vômitos podem levar à desidratação.






Falta de ar


Falta fôlego para fazer exercícios físicos ou falar. Ocorre com mais intensidade a partir do 7º mês.


Causa: o útero comprime o diafragma, dificultando a passagem do ar, ao inspirar e expirar.


Nossa dica: modere o trabalho e descanse sempre que puder.






Hemorróidas


Coceiras, ardor e dor durante a evacuação. Surgem a partir do 3º mês.


Causa: dilatação maior das veias.


Nossa dica: siga uma dieta rica em fibras e beba muita água. Para aliviar os sintomas, aplique no local compressas de gelo.






Inchaços nas mãos e tornozelos


Aparecem durante toda a gravidez.


Causas: retenção de líquido. E também o crescimento do útero que, ao comprimir a veia cava inferior, diminui o retorno do sangue venoso. Este fica retido nos membros inferiores.


Nossa dica: diminua o sal. Evite ficar muito tempo de pé ou sentada e durma com as pernas um pouco mais elevadas do que a cabeça.



Incontinência urinária


A vontade freqüente de urinar é um dos primeiros sintomas da gravidez e permanece até o final.


Causas: no começo da gestação, ocorre pela produção excessiva do hormônio HCG, que acelera o processo de filtragem da urina pelos rins. A partir do 4º mês, o útero, já maior, pressiona a bexiga, diminuindo sua capacidade de reter o xixi.


Nossa dica: não prenda. E procure o obstetra ao sentir dor ou ardência. Podem estar sinalizando uma infecção urinária.






Inflamação das gengivas


Os dentes sangram durante a escovação. A queixa começa normalmente a partir do 3º mês e continua até o final da gestação.


Causas: a demanda extra de cálcio e vitamina C, além da alteração no processo de coagulação, comum na gravidez.


Nossa dica: redobre os cuidados com a higiene de sua boca. Se o sangramento for intenso, comunique ao obstetra.



Prisão de ventre/gases


Dor na parte inferior do abdômen e dificuldade para evacuar. Presentes durante quase toda a gravidez.


Causas: a dilatação do útero diminui os movimentos intestinais. E a retenção das fezes provoca a formação de gases.


Nossa dica: fuja dos alimentos que fermentem. E aumente o consumo de fibras (cereais, germe de trigo, aveia) e laxantes naturais como ameixa, laranja e mamão.






Sono/cansaço


Vontade incontrolável de dormir, mesmo durante o dia. Mais comum no começo e no final da gestação.


Causas: mudanças no metabolismo geral, produção intensiva de hormônio (progesterona). No final da gravidez, o cansaço aparece por causa do peso da barriga e do desconforto do sono noturno.


Nossa dica: descanse bastante. Opte, também, por refeições leves e freqüentes para manter a energia. Se mesmo assim houver queixa de cansaço, avise ao obstetra. Quem sabe é anemia?






Tonteiras/palpitações/taquicardia


Sensação de desequilíbrio, de coração descompassado e batendo mais rápido. Pode surgir em qualquer fase da gravidez.


Causa: há um litro e meio a mais de sangue em circulação, chegando aos órgãos, mais diluído, e com menor quantidade de glóbulos brancos. Além disso, ele tem que percorrer um caminho maior para suprir o feto e a placenta, sobrecarregando o coração que, por sua vez, passa a trabalhar mais rapidamente.


Nossa dica: ao se sentir mal, abaixe a cabeça e deite de lado para ativar a oxigenação cerebral. Use roupas frescas e leves e procure estar sempre em ambientes bem arejados.




Consultoria: Dr. Roberto Vieira, ginecologista e obstetra

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