Nessa hora, segundo a mãe, o que prevaleceu foi o feeling que indicou o que seria melhor para o filho. "Poderíamos ter ficado inoperantes diante da autoridade dela como médica, mas optamos por adotar uma postura diferente, por puro instinto. Essa foi uma das inúmeras experiências que passamos e que nosso instinto falou mais alto. Acredito que para criar intimidade e vínculo, você precisa, inclusive, errar", opina Alessandra.
Ela conta, ainda, uma história que ilustra bem esse pensamento. "Certo dia, eu estava trabalhando no horário do João Pedro mamar e meu esposo deu banana amassada a ele. Durante a noite ele chorava sem parar. Nada o acalmava. Não queria mamar, não evacuava... Levei na emergência. Chegando lá, não lembro bem o que a enfermeira fez e ele vomitou. Ela disse: "Mãezinha, o que ele comeu hoje?". Meu esposo respondeu: "A última refeição foi banana amassada". "Você quer dizer banana, né? Porque amassada está muito longe disso aqui ser", respondeu ela. Voltamos para casa, ele melhorou e essa experiência ficou para sempre. Isso aproxima, cria laços e torna a vida real", comenta.
Quando procurar
Para o Dr. José Gabel, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo, o melhor momento para pesquisar um pediatra e começar o acompanhamento é no último mês da gravidez. "É importante ter tempo para se conhecer o futuro médico da criança, que possivelmente cuidará dela por muitos anos. Apesar de o acompanhamento da saúde da criança ser feita por um Perinatalogista desde o nascimento até, no máximo, uma semana depois, se o pediatra tiver um próximo relacionamento com os pais e o bebê desde o momento do nascimento, ele saberá qual é a dinâmica do recém-nascido e isso pode ser fundamental para um diagnóstico preciso e o um tratamento eficaz", concluiu.
É claro que a velha história da empatia se aplica. Mesmo assim, alguns fatores profissionais podem ajudar a garantir que seu filho estará nas mãos de um bom profissional. De acordo com o Dr. Gabel, existe uma série de fatores importantes que precisam ser levados em conta na hora de escolher um pediatra para o seu bebê.
São eles:
"Indicação de pessoas conhecidas (preferencialmente do próprio obstetra), linha de conduta (Alopatia, Homeopatia, Antroposofia), disponibilidade (não adianta nada ser paciente de um médico com o qual nunca se consegue falar) e proximidade entre o consultório e a sua residência (evita ainda mais desgaste para pais e filho em uma emergência)".
"Outro cuidado que os pais têm que ter nesse momento é verificar se o médico escolhido é membro da Sociedade Brasileira de Pediatria ou da sociedade de pediatria em seu estado", ressalta.
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