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Bebês também se estressam... vida moderna.

Quem disse que as crianças não têm preocupações e não andam estressadas? Esses sintomas podem ser percebidos claramente através dos dentinhos. Isso mesmo, ranger, triturar ou apertar os dentes repetida ou continuamente em atividades não funcionais (parafuncionais) do sistema mastigatório é o chamado bruxismo, causado principalmente por fatores psicológicos e estresse da vida moderna.






Além de dar arrepios nos pais, se não acompanhado por profissionais especializados pode causar futuros problemas aos pequenos, principalmente relacionado à arcada dentária e a saúde bucal.






Para entender melhor sobre o assunto,  veja o que diz o cirurgião dentista, da equipe de retaguarda de cirurgia e traumatologia buco maxilo facial do Hospital São Luiz , unidade Anália Franco, Sandro Sergio dos Santos. Confira!






Em crianças, qual a idade mais comum de aparecer o Bruxismo?


Alguns estudos relatam que em bebês pode ser observado logo após a erupção (nascimento) dos incisivos decíduos, por volta de um ano de idade, mas a prevalência aumenta com o crescimento.






Começa só quando já têm dentinhos?


Não existem relatos científicos de estudos que mencionem o aparecimento do bruxismo antes da erupção dos dentes, pois a maior evidencia e constatação se faz pelos achados clínicos presentes como consequência do bruxismo, que mencionarei logo mais.






Acontece só durante o sono? Por quê?


Não. O Bruxismo pode acontecer durante o período diurno e noturno e por motivos diferentes. No diurno está mais associado com hábitos ocupacionais e estresse emocional aumentado. Já no noturno, associado ao estresse emocional.






Quais as causas mais comuns?


As causas são divididas em: locais, sistêmicas, psicológicas e ocupacionais. As causas locais como maloclusão, interferências oclusais, padrão de erupção em dentes decíduos e/ou permanentes; as sistêmicas como algumas patologias do SNC (sistema nervoso central), hereditariedade, problemas alérgicos, disfunções hormonais (hipertireoidismo), entre outros; as psicológicas como a ansiedade , a depressão, o estresse emocional, o medo ou hostilidade, entre outros e a ocupacional com crianças que praticam esportes altamente competitivos, excesso de cobrança em atividades escolares.






Quais os principais sinais e sintomas?


Os principais sinais são os desgastes nos dentes, mobilidade dentaria, fratura dentaria, distúrbios articulares e sintomas são as cefaléias, dor na face , sensibilidade dentária.


Devemos levar em consideração que estamos falando de bebês e neste caso os sinais presentes são os mais importantes, pois os sintomas quando não se fala é através do choro e da negativa de aceitar certos tipos de alimentos que o bebê se expressa.






Pode prejudicar na formação da arcada dentária?


Sim. As consequências são diretamente nos dentes com formação de facetas de desgastes, que com a sua severidade pode interferir na condição bucal para o crescimento dos dentes permanentes e desenvolvimento de doenças na articulação temporo-mandibular (ATM), cárie e fraturas dentais, pois os dentinhos decíduos são mais frágeis que os permanentes.






Como deve ser o tratamento?


Como já vimos, o bruxismo pode ter várias causas, portanto podemos dizer que tem causas multifatoriais e o tratamento deve ser multidiciplinar (odontologia, medicina e psicologia).


A odontologia , atuara nas condições locais , normalmente corrigindo as alterações dentarias presentes. Em outras situações pode haver a necessidade de tratamento sistêmico com medicamentos e tratamento médico, além de aconselhamento psicológico.






O bruxismo pode acarretar em problemas mais sérios? Quais e por quê?


O Bruxismo é consequência de problemas presentes, tanto psicológicos, sistêmicos, ocupacionais e locais, portanto as alterações bucais com desgastes dentários, dores dentárias, musculares e nas articulações podem desencadear alterações bucais. Contudo, os fatores desencadeadores do bruxismo, se não tratados podem tornar-se cada vez mais severos e influenciar no desenvolvimento psicossocial, afetivo e funcional do bebê.






Como os pais podem ajudar os pequenos?


A melhor forma de ajudá-los é observar atentamente o comportamento e na menor dúvida procurar um profissional para fazer o diagnóstico precoce, pois, sendo assim, o tratamento ocorrerá mais rápido e com melhores resultados.
Por: Sempre Materna


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