Muitos estudos revelam aumento da incidência de diabetes gestacional, que pode ser relacionado à “epidemia” de obesidade observada em adultos e crianças em todo o mundo ocidental. O diabetes ocorre em até 8% das gestações e caracteriza-se pela elevação da taxa de açúcar (glicose) no sangue materno, que é transferido para o feto, aumentando os riscos para ambos. Uma das conseqüências imediatas é o aumento de peso e tamanho do bebê. Os filhos de mães não adequadamente tratadas nascem grandes, porém mais suscetíveis a complicações após o nascimento e fortes candidatos a também tornarem-se adultos obesos e diabéticos. A boa notícia é que os riscos fetais são virtualmente eliminados com tratamento adequado – que inclui dieta e atividade física, além do uso de insulina em até 60% dos casos. O tratamento com insulina é efetivo, porém caro e inconveniente. Por isso, o uso de medicamentos orais, como a glibenclamida, tem sido adotado com resultados promissores. Pesquisas mostram que os resultados são comparáveis aos obtidos com insulina, sem riscos adicionais para o bebê, mesmo que a droga ainda não tenha sido aprovada pelo FDA para uso na gravidez. O custo inferior e a praticidade do uso tem justificado a opção pelo medicamento como a primeira linha para o tratamento da doença, especialmente em casos sem outras complicações clínicas.
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