Posições durante a gravidez e o parto. Dr. Taborda
Existe muita controvérsia sobre as influências da posição materna no bem-estar fetal assim como na evolução do trabalho de parto. Uma crença comum é que pode ser prejudicial para o bebê se a gestante dormir de bruços, por exemplo. Na verdade, o feto está muito bem protegido, imerso em uma cavidade fechada e preenchida por líquido amniótico, que atua como um colchão protetor capaz de amortecer qualquer impacto. Tudo isso envolto ainda por uma potente camada muscular do útero, além da musculatura do abdômen da mãe. Assim, o bebê estará bem se a gestante dormir de bruços ou mesmo se sofrer uma queda da própria altura. A maioria dos obstetras recomenda que a gestante escolha livremente a posição mais confortável para dormir, que pode variar ao longo da gravidez. Essa preocupação é mais comum a partir do quarto ou quinto mês, quando a barriga cresce e obriga a uma acomodação. Uma boa dica é aumentar o número de travesseiros na cama, de modo a apoiar as costas ou colocá-los entre as pernas, em busca da posição mais confortável. Se não houver interferências, a tendência é que as grávidas prefiram a posição deitada de lado, esquerdo ou direito. De fato, a posição mais desconfortável é a deitada de costas, porque a pressão do útero grávido sobre a artéria aorta pode causar mal-estar, tonturas e queda de pressão, sendo instintivamente evitada pela maioria das mulheres. Também existe alguma polêmica sobre a melhor posição para a mulher durante o parto, embora não existam evidências de que a posição materna melhore ou encurte o processo. Pinturas rupestres nas cavernas, hieróglifos egípcios e esculturas da antiguidade revelam que a mulher sempre buscou uma posição verticalizada na hora de ter seu bebê. A tradicional posição horizontal foi introduzida pelos cirurgiões obstétricos a partir do século XVII para facilitar seu próprio trabalho. Atualmente, a regra é que a mulher adote a posição em que se sentir mais confortável: ereta ou sentada, de cócoras, de quatro, de mãos no joelho e em decúbito lateral. O profissional que a assiste deve indicar as vantagens e desvantagens de cada uma delas.
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