Simpósio realizado pelo Hospital Albert Einstein
Como evitar o parto prematuro
A ideia de prevenção do parto prematuro (nascidos entre 22 e 36 semanas) não é nova. Data do século XIX as primeiras tentativas. Umas das novidades nessa área é o uso da fibronectina como marcador de parto prematuro. Ela existe no organismo da gestante até a metade da gestação. Se ela aparecer entre 22 e 35 semanas, pode ser um sinal. O teste que mede a quantidade no organismo pode ser feito no consultório médico - é coletado uma secreção da região próxima à vagina. O resultado sai em 10 minutos. Se der positivo, a paciente deve fazer um acompanhamento médico mais intenso e repetir o exame a cada duas ou três semanas. O especialista pode prescrever progesterona, via oral e depois vaginal, para postergar o parto.
Bebê prematuro
Apesar dos avanços da medicina neonatal, que permite que cada vez mais bebês prematuros sobrevivam, as sequelas ainda são importantes. De acordo com dados do Hospital Albert Einstein (SP), dos bebês nascidos com extremo baixo peso entre 2007 e 2009, cerca de 40% deles tiveram paralisia cerebral. A sobrevida é de 85%. Para o neonatologista Felipe Rossi, do Hospital das Clínicas (SP), os casos mais difíceis são os bebês nascidos entre 23 e 24 semanas. Você garante a sobrevida delas, mas a que custo? Para ele, a melhor maneira de lidar com isso é conversar abertamente com os pais antes do parto e mostrar com clareza as questões envolvidas.
Uso do fórceps X vácuo extrator
Com o uso de anestesia, as chances de usar o fórceps crescem, bem com as chances de lesão no períneo (região que começa na parte de baixo da vulva e estende-se até o ânus). O vácuo extrator, um novo aparelho, poderia impedir que isso aconteça já que as peças dele se desmontam quando o médico faz a pressão limite. Uma espécie de tampa que puxa a cabeça do bebê se solta, indicando que a força total que podia ser feita foi alcançada. Assim, protege a cabeça do bebê. Vale lembrar que ele só pode deve ser usado por 20 minutos.
Bebês de mães com diabetes gestacional
Cada vez mais estudos mostram quanto o diabetes gestacional, quando não tratado da maneira correta, pode interferir na formação do feto e na qualidade de vida do bebê. Ele pode ter alguma má formação, por exemplo, e predisposição a várias doenças, como obesidade e as cardiovasculares. Uma recente pesquisa mostrou que, para diabetes tipo 2, eles têm 50% mais chances de desenvolver o problema. É claro que o diabetes gestacional é apenas um dos fatores que podem levar a essas situações. Por isso é tão importante cuidar para que a criança tenha uma alimentação saudável, boa qualidade de vida e que faça exercícios físicos.
Mas é possível prevenir esses problemas? Sim, e é fácil. A chave desse problema são os cuidados antes e durante a gestação. Se a mulher engravida com o peso certo, se tem boa qualidade de vida, se pratica exercícios, as chances de ela ter diabetes gestacional são menores. Mas, se mesmo assim ela desenvolver, por exemplo, terá mais segurança se seguir as orientações médicas – que incluem medicamentos, exercícios físicos e dieta, preparada especialmente para ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário