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O primeiro machucado...experiências de Mãe. Por: Samantha Sileman

Essa semana, brincando de esconde esconde com o pai, Lucas tropeçou e foi de cara na quina da parede. Tadinho… chorou, chorou, chorou. E enquanto Mauricio o consolava no colo, percebeu que o nariz e a boca do Lucas estavam sangrando bastante. Daí ele gelou.


Eu estou acostumada com os tombos do Lucas. Então, nem fico em sobressaltos quando ouço a sequência gargalhadas-barulho de tombo seco-choro. Só que dessa vez, ouvi do Maurício a seguinte frase: ‘ele está sangrando’. Pulei do sofá e vi o Lucas com bastante sangue na altura do lábio superior e a camisa do pai toda suja também. Fiquei bem aflita e nosso instinto foi levá-lo ao banheiro, lavar o rosto dele e, assim, perceber onde havia sido o estrago. Ele, claro, só chorava. Tudo limpo, conseguimos ver que os dentes estavam intactos e o nariz também. Parece que foi um corte porque o lábio superior dele ficou bem inchado rapidinho. Tentamos colocar gelo, mas ele não deixava.


Nisso, a Clara, que já estava dormindo, acordou chorando. E não consegui mantê-la no berço. Não sei se ela ficou assustada com o barulho do choro incessante do irmão. Precisei, então, levá-la para vê-lo e lhe contei que o irmão havia feito um dodói. Então, ela saiu caminhando pela casa a procura do celular de brinquedo. Pegou o acessório e deu para o Lucas –o brinquedo é cobiçado por ambos. Acho que esse foi o jeito dela de tentar acalmá-lo.


Com a boca inchada, Lucas demorou para dormir. Foi preciso muito carinho do pai –a Clara se manteve no meu colo esperando o irmão melhorar. Quando, finalmente, os dois foram dormir, meu marido comentou comigo que estava muito chateado com o que aconteceu. “O Lucas se machucou por minha causa”. É claro que não foi por causa dele. Foi um acidente. O Lucas ainda não tem a coordenação motora tão afinada assim e, de vez em quando, cai mesmo. Consolei dizendo “ter filho menino é assim mesmo. Esse tombo foi o primeiro de muitos que virão”. Só espero que de tombo em tombo, de travessura em travessura, ele não se machuque demais. O coração da gente fica muito aflito. Mas, de certa maneira, eu e o Maurício ficamos bem orgulhosos de nós mesmos. Apesar de todo o sangue, da boca inchada e do choro sem fim, a gente se manteve calmo e com a cabeça no lugar. E, convenhamos, a gente nunca sabe como vai reagir diante de uma situação assim. Ver o filho sentindo dor, machucado, definitivamente, não é nada bom. Beijos, Ana


Um comentário:

  1. Meu Deus, parece que esse texto caiu do céu para me tranquilizar. Tô muito mal, aconteceu com meu baby, hoje caiu ali bem na minha frente de cara para o chão, sangue,sangue e muito choro. Mas ao contrário, eu e meu marido perdemos a cabeça naquele jogo de culpa.Um dia para esquecer e para aprender.

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