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Todo cuidado com a diarréia, Muito comum no bebê

Muito comum em bebês e crianças pequenas, por não terem sua imunidade plenamente desenvolvida, a diarréia elimina, junto com as fezes, líquidos e sais minerais, levando, muito rapidamente, à desidratação.
Dados do Unicef mostram que mais de um milhão de crianças morrem por ano, no mundo, devido à doença, considerada um problema de saúde pública nos países subdesenvolvidos. Portanto, logo nos primeiros sintomas, a hidratação com soro é indispensável.


O que o bebê sente

A diarréia se caracteriza por episódios de evacuações freqüentes, com fezes moles, aguadas e sem consistência. Também causa febre, cólicas, mal-estar, dor de cabeça, náuseas, gases, perda de apetite e enfraquecimento.



Em geral, a situação piora nos dias mais quentes, quando os alimentos estragam facilmente, o que nem sempre é identificado pelos adultos na compra ou no preparo.


Vírus, bactérias & parasitas



Qualquer que seja a causa, a diarréia se apresenta de formas mais brandas às mais graves. Pode ter origem virótica, como a desencadeada pelo rotavírus, ou pela presença de bactérias no organismo, como Escherichia coli, Shigella, Salmonella e, ainda, através de parasitas, como Giárdia lamblia.



Intolerância alimentar, por exemplo à lactose (açúcar do leite), alergias a medicamentos, como antibióticos ou excesso de sol também provocam a diarréia. Neste caso, a insolação vem acompanhada, ainda de dor de cabeça, vômito e febre, e pode evoluir para a desidratação. Os médicos recomendam que, na praia ou piscina, a criança beba água a cada 20 minutos, use um chapéu, fique embaixo da barraca e respeite o horário antes das 10:00h e depois das 15:00h. Dependendo da causa, a diarréia é temporária (poucos dias); persistente (mais de duas semanas) ou crônica (quase um mês). Mas, em todos os casos, a criança acaba perdendo peso, porque bactérias, parasitas e protozoários, presentes na parede abdominal, prejudicam a absorção dos alimentos.



Rotavírus: cuidado com ele



Transmitido pelo ar, principalmente se o bebê estiver com o sistema imunológico debilitado, causa vômitos e diarréia grave, que deixa as fezes com a consistência aguada. Persiste de sete a dez dias, trazendo muita indisposição, dores no corpo e na cabeça. O rotavírus é o responsável por surtos em escolas, berçários, creches e hospitais. Atinge principalmente crianças até cinco anos e o intervalo entre a contaminação e o aparecimento da doença varia de um a dois dias. Em geral, requer internação, para que o bebê fique no soro e não desidrate.



Salmonella: contamina os alimentos



Bactéria que leva à intoxicação alimentar, por infecção, costuma ser uma das causas mais freqüentes de diarréia. Também provoca mal-estar, cólicas e, às vezes, febre. O período de incubação é de 8 a 22 horas, após a ingestão do alimento contaminado e a intensidade dos sintomas depende do número de bactérias e da quantidade ingerida.



Carnes e aves cruas ou mal-passadas, verduras mal-lavadas, leite sem fervura, maioneses não industrializadas ou guardadas fora da refrigeração e ovos crus, como nas gemadas ou musses são facilmente contaminados pela salmonella. No caso de bolos ou suflês, que também levam ovos crus, o consumo pode ser feito sem preocupação, já que o calor do fogo, durante o preparo, mata a bactéria e outros microorganismos.



Atenção!

Os quadros mais graves e com sintomas imediatos são causados pela toxina bacteriana (e não a bactéria viva) caracterizando envenenamento alimentar.



De olho nos sintomas



Em um bebê muito pequeno, a mãe tem dificuldade em avaliar se ele está com diarréia ou não, já que, nessa época são normais as evacuações após cada mamada e cocô mole e aguado. Portanto, é preciso ficar atenta a sinais como cólicas, estufamento do abdômen, excesso de gases, mal-estar, agitação ou prostração, dor de cabeça, náuseas, vômitos, febre, e, principalmente, à consistência e a freqüências das fezes.



Desidratação rápida



O maior perigo da diarréia é a desidratação, que pode acontecer, rapidamente, em crianças pequenas, causando perda de líquido com uma quantidade de sais minerais. Portanto, a primeira preocupação deve ser a hidratação. Pequenas quantidades de soro (uma mistura de água, sal e açúcar) oferecidas, aos poucos, após cada evacuação, ajuda a repor o líquido e a restabelecer as funções do aparelho digestivo.



Atenção!

Somente o pediatra pode receitar antidiarréicos. Em certos casos, esses medicamentos absorvem água demais, dando a falsa impressão de que a doença já acabou. Se o bebê está vomitando, somente a medicação injetável terá resultado.





São sinais de desidratação



olheiras

boca seca ou saliva espessa

respiração ofegante

aumento da freqüência cardíaca

choro sem lágrimas

mucosas secas

enrugamento da pele quando pressionada

moleira funda

irritabilidade ou sonolência

perda de peso

pouca urina, com a coloração amarelada ou alaranjada





Podem aparecer assaduras



A diarréia deixa a pele seca da região genital mais seca e, portanto, sensível a assaduras. É preciso lavar bem o local, com água e sabonete neutro, após cada evacuação. E trocar a fralda sempre que estiver molhada ou suja.





O que comer, o que beber



Bebês que ainda mamam no peito devem continuar obrigatoriamente com a amamentação. O leite materno contém água, sais minerais e anticorpos da mãe, indispensáveis para que ele se recupere rapidamente. Depois do desmame, os médicos recomendam líquidos leves, sucos e sopas durante as crises, sempre em pequenas quantidades. Sucos de frutas ácidas, como o de laranja, e refrigerantes, com muitos gases e açúcares, ao contrário do que se pensa, aumentam a diarréia. O ideal é a água, em grande quantidade, que além de evitar a desidratação, faz uma espécie de limpeza no organismo. Gorduras, feijões, folhas, fibras, queijo, leite e achocolatados, de difícil digestão, ficam fora da dieta. Assim como a pêra, ameixa, uva e o mamão, de efeito laxante. Já a maçã, a banana, a goiaba e o caju ajudam a prender o intestino. Imediatamente após a melhora, a criança ainda vai se sentir debilitada e com algum mal-estar. Não é o momento para refeições pesadas, mas pratos leves, como arroz, purê, batatas cozidas, carnes brancas e grelhadas.





Você pode evitar a desidratação



Preste atenção na alimentação das crianças. Ao perceber qualquer alteração, prove, primeiro.

Lave bem as mãos com água e sabonete antes de manusear os alimentos para cozinhar ou comer. E, ainda, antes de pegar o bebê, trocar fraldas e tocar em qualquer objeto que vá para a boca do neném.

Cozinhe bem os alimentos, especialmente as carnes.

Evite oferecer alimentos muito condimentados, com temperos picantes ou diferentes do que a criança está habituada.

Ao cozinhar ou fazer gelo, use sempre água filtrada ou fervida.

Descongele os alimentos na geladeira ou microondas, nunca em temperatura ambiente.

Não deixe seu filho beber água, sucos ou refrigerantes direto da garrafa. Ofereça um copo limpo.

Mamadeiras, bicos e chupetas devem ser esterilizados antes de cada uso.

Antes de pedir a comida em restaurantes ou lanchonetes, verifique as condições de higiene do local. Se desconfiar de algum odor ou sabor desagradável, suspenda a refeição.

Confira o prazo de validade dos alimentos antes da compra e antes de prepará-los ou servir a refeição.





Sabe fazer o soro caseiro?



A cada 20 minutos, dar uma colher (sopa) de soro, que pode ser comprado em farmácia ou preparado em casa. A receita é bem simples: dilua em um copo médio, com água filtrada e fervida, uma pitada de sal e três de açúcar.




Fonte FOLHA .COM

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