O sistema endócrino controla inúmeras funções do nosso organismo. Problemas com a glândula tireóide podem interferir diretamente na capacidade de engravidar.
Atraso menstrual, menstruação irregular e falta de ovulação são comuns em pacientes que sofrem de alguma disfunção da tireóide. Sem óvulos para serem fertilizados, a gravidez fica impossível. E isso pode acontecer tanto com o hipotireoidismo quanto com o hipertireoidismo.
Até quem menstrua regularmente pode ter o problema e não saber. Muitas vezes a mulher passa anos sem descobrir porque não consegue engravidar.
Além disso, a disfunção da tireóide interfere na gravidez de várias formas ainda desconhecidas. O hipotireoidismo, por exemplo, pode causar um aumento de prolactina, hormônio produzido pela glândula pituitária que induz a produção de leite materno no pós-parto. O excesso de prolactina comprometendo os ciclos menstruais.
O hipotireoidismo também facilita a ocorrência de ovários policísticos em algumas mulheres, comprometendo a fertilidade em alguma medida que precisa ser investigada e tratada por uma equipe especializada em reprodução humana.
De todos os exames do pré-natal que você já sabe que deve fazer, os que avaliam a função da tireoide também é um dos mais importantes, e deveriam ser feitos com mais frequência que o costume. Isso porque, durante a gestação, até mulheres que nunca tiveram qualquer problema podem sofrer alterações nos níveis dos hormônios da tireoide, fundamental para regular o organismo e o crescimento e desenvolvimento do bebê no útero.
Tireóide na Gravidez
Já durante a gravidez, um estudo recente revelou que até mesmo as menores oscilações da tireóide podem levar ao aborto ou ao parto prematuro. A pesquisa foi feita pela George Washington University School of Medicine and Health Sciences, nos Estados Unidos e apesar de não ser um consenso na obstetrícia, o exame para controle da tireoide deveria ser feito a cada quatro ou seis semanas.
Na gravidez, a imunidade do corpo da mulher fica alterada, pois inicialmente o corpo entende que a presença do bebê é um hóspede estranho. Por isso, toda grávida tem a tireóide afetada, mas a maioria das vezes essa alteração fica dentro da normalidade.
Já quando o funcionamento fica mais lento, ocorre o hipotireoidismo, que atinge cerca de 5% das gestantes.
A boa notícia neste caso é que o hipotireoidismo é mais fácil de tratar do que o hipertireoidismo, que acontece quando o metabolismo fica mais rápido, acelerando os batimentos cardíacos da mãe e do feto. Essa condição afeta mais ou menos 2% das grávidas. E, em 80% dos casos não tratados, ocorre parto prematuro ou aborto. O risco de apresentar o problema é maior em Grávidas com histórico familiar.
Lembrando que os sintomas do hipertireoidismo são emagrecimento, taquicardia, suor e uma inquietação exagerada, que leva a tremores durante o dia e à insônia à noite.
Os exames para detectar o problema na gestação são dois exames de sangue. Mas os obstetras não costumam pedir por desconhecer a importância da tiróide na gestação. O hipertireoidismo deve ser detectado ainda no primeiro trimestre para que não ocorra danos no desenvolvimento cerebral do feto.
Portanto, é fundamental que você converse com seu médico sobre o assunto.
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