Tem-se verificado, cada vez mais, um maior o número de casais que, por diversas razões, optam por ter apenas um filho. Mas a determinada altura este sente-se só e deseja ter uma companhia. Alguém com mais ou menos a sua idade, mas que não seja apenas um amigo, para partilhar o seu dia-a-dia. A criança pretende ter um irmão e pede insistentemente aos pais que lhe concedam esse seu desejo. Os pais, não o pretendendo, não sabem como lhes dizer não nem administrar a situação, muitas vezes geradora de muita ansiedade.
É sobretudo e, primeiramente, em ambiente pré-escolar, a partir dos três anos de idade, que a criança começa a manifestar a sua vontade em ter um irmão. Devido ao convívio e às relações que estabelece com outras crianças, começa a sentir necessidade de ter alguém ao seu lado que, fora do ambiente escolar, possa brincar consigo, bem como partilhar confidências e fazer as traquinices próprias da idade. Há casos em que uma criança deseja intensamente um irmão devido ao facto de se sentir só em casa, não ter ninguém com quem brincar nem ter “conversas de crianças”. Muitos pais até podem brincar e praticar actividades como seu filho, contudo, na maioria das vezes, isso não é suficiente para ele, uma vez que pretende brincar com uma criança.
Este forte desejo de ter um mano é mais intenso em crianças cujos amigos têm irmãos e que falam deles e das suas experiências e vivências. Por norma, os amiguinhos fazem relatos sobre aquilo que realizam em casa com os irmãos e de como estes são e, nos casos em que existe uma boa relação e harmonia, é extremamente normal que a criança que ouve sinta alguma inveja e deseje, também ela, ter um irmão.
A criança começa a manifestar o desejo de ter alguém a quem possa dar carinho e cuidar. Sobretudo se se tratar de uma menina, começa a sentir-se capaz de cuidar e tratar de um bebé, sendo responsável por este. Após diversas brincadeiras com bonecas, a criança sente vontade de executar todas as tarefas que, habitualmente, realiza nas suas brincadeiras, mas desta vez a sério. Cresce o desejo de dar comer, dar banho, mudar a fralda, dar miminhos, proteger e brincar, mas comum bebé de verdade. Desta forma, desenvolve o desejo de ter um irmão e inicia-se a persistência em o pedir aos pais.
É cada vez maior o número de casais que optam por ter apenas um filho. São sobretudo questões financeiras e de tempo que levam a que muitas famílias tomem esta decisão.
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