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Esportes ajudam crianças com deficiência

A prática melhora a autoestima, a coordenação motora e a comunicação das crianças
Kaca, Kihon, Chudan Uke, Mayguele, Kata-Taichi. Estas palavras representam golpes de Karatê e podem ser os mais novos termos do vocabulário das pessoas com síndrome de Down e deficiências intelectuais. O esporte aumenta a autoestima, a auto-disciplina, a coordenação motora e a comunicação dessas crianças, além de muitos outros benefícios. E não vale só para o Karatê!




“O esporte é o instrumento mais eficaz na socialização destas pessoas”, diz Carolina Robortela, professora de educação física e mãe de Lucas. Nestes ambientes, muitas amizades – e até namoros – começam.






É por meio do esporte e da relação professor e aluno, que eles aprendem a respeitar a hierarquia, além de respeito e cuidado com o próximo. “O esporte favorece e amplia a comunicação, transforma o código de linguagem em um código de significados compartilhados entre um grupo de pessoas. Isto os torna mais próximos e iguais diante dos obstáculos de uma aula”, afirmou a psicóloga Paula Ayub, mãe de Rafaella.






Dentro da sala de aula, a metodologia para os alunos com ou sem deficiência é a mesma. O que muda é o tempo de resposta que cada um dará após os comandos do professor. “A gente fala mais devagar, somos mais lúdicos e treinamos ainda mais o que eles têm mais dificuldades”, afirmou Carolina.






Entre os benefícios do esporte no âmbito da saúde, estão melhoras nas condições cardiovasculares e do aparelho locomotor, assim como a agilidade e o equilíbrio. Com a atividade física, os músculos são fortalecidos. Para as pessoas com síndrome de Down – que, geralmente, apresentam frouxidão ligamentar – isso é muito importante, pois evita lesões posteriores.






Ter um acompanhamento médico é obrigatório tanto antes quanto durante a prática de exercícios, para a boa orientação dos profissionais que conduzem as aulas e para saber se a pessoa está apta para o esporte.






Já o acompanhamento psicológico é opcional, mas não deixa de ser importante. Carolina disse que o retorno dos psicólogos contém uma visão mais aprofundada do panorama das aulas, dando dicas de como conquistar a confiança dos alunos, por exemplo. A psicóloga Paula ressalta que o trabalho destes profissionais não é só para alunos e professores, mas também para os pais. “Nosso trabalho é identificar situações onde haja incompatibilidade, seja na comunicação, na relação temporal ou apoiando e incentivando a continuidade do projeto”, diz.






Carolina ainda afirma que a expectativa de vida das pessoas com síndrome de Down vem crescendo e, hoje, já ultrapassa os 40 anos. Uma das razões para isso é o combate ao sedentarismo.






A prática de esportes não reflete apenas na melhora da saúde e da socialização das pessoas com deficiências, reflete também na qualidade de vida. Segundo Paula, “no mundo do esporte, a cada dia um novo limite é quebrado. No paralelo, é o dia-a-dia destas pessoas, a superação.”.


Por: Carolina Robortela, professora de Educação Física e mãe de Lucas. Paula Ayub, psicóloga e mãe de Rafaella. As duas profissionais são do Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural.
Fonte internet

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