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Obesidade Infantil. Como evitar? Pais educando filhos para dieta saudável.

Se você acredita que obesidade em crianças e adolescentes é um problema grave nos Estados Unidos, onde a má alimentação é visível e, desde cedo, os pais não costumam educar os filhos para uma dieta saudável, está certa. Mas saiba que o índice de jovens brasileiros com o mesmo problema também é preocupante. Segundo dados do IBGE (na última pesquisa, de 2002/2003), 2,3% da população entre 10 e 19 anos é obesa. Os sobrepesos já representavam 16,7% nessa faixa etária e os números só tendem a aumentar.



Obesidade é uma doença crônica e não se trata apenas de um fator estético. Saber combatê-la o quanto antes é o melhor remédio para não ter de enfrentar dificuldades maiores futuramente. Diabete, pressão alta, enfarte, derrame, problemas ligados à trombose, ácido úrico, hepatite e baixa autoestima são as consequências mais comuns do sobrepeso. "Quanto mais cedo se começa a ficar obeso, como na infância, mais cedo essas doenças doenças podem chegar", alerta a médica Cláudia Oliveira Cozer, doutora em Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade de Medicina da USP.


Avaliação


Para saber se a criança está obesa ou não, o cálculo do IMC (índice de massa corporal, dividindo o peso pela altura ao quadrado) pode ser feito. Há ainda os componentes genéticos que entram em ação em boa parte dos casos. Por exemplo, se o pai e a mãe estão acima do peso, há a chance de 70% de a criança também engordar facilmente. Se um dos dois tem essa tendência, a chance cai para 40%.


Mas claro que a ingestão de grande quantidade de calorias, ligada ao sedentarismo, é fator desencadeador para que os mais jovens se encaminhem ao sobrepeso e à obesidade. Por isso, praticar exercícios é uma boa recomendação para quem gosta de abrir a boca de forma incorreta, além de servir de passatempo. E é importante não se render à influência da TV e mídia, com sua grande inserção de propagandas de comidas que fazem mal à saúde. "É interessante respeitar a pirâmide alimentar, mas é possível ingerir sorvetes, chocolate, só que de forma adequada, em menor quantidade", ensina Cláudia, também diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).


Falta também no Brasil movimentos de conscientização às famílias e uma maior iniciativa do governo ou das escolas, segundo análise da especialista, que lembra o número crescente da obesidade entre as classes sociais mais baixas, pela falta de informação. Sem contar o fato de que os produtos mais proteicos e integrais costumam ser mais caros, mesmo que já os encontremos em maior variedade nas prateleiras dos mercados.


Evite traumas


Além de poder trazer graves consequências, com riscos de doenças futuras, a obesidade pode até gerar traumas psicológicos à criança por inúmeros motivos. Um deles é o bullying, que vem ocasionando grande preocupação aos pais e especialistas em comportamento infantil nos últimos tempos. Por isso, ao perceber mudanças no comportamento do filho por causa do aumento evidente de peso, consultar um psicólogo torna-se muito importante.


Vamos nos mexer!


Se no Brasil ainda são tímidas as campanhas incentivadoras, nos Estados Unidos esse cenário parece ser mais promissor. Lá, onde pesquisas apontam que uma em cada seis crianças é considerada obesa,algumas cidades discutem a cobrança de impostos sobre os refrigerantes. É mais uma medida que poderia ser aplicada na árdua batalha contra os alimentos altamente calóricos, que estão ao alcance fácil desses jovens.


Até mesmo a primeira-dama norte-americana, Michelle Obama, se mostra empenhada em conscientizar as pessoas sobre os malefícios que a obesidade pode causar. Através do movimento batizado de Let's Move, ela promete eliminar a epidemia no período de uma geração, adotando dietas baseadas em frutas e verduras e com redução de açúcares. Uma atitude louvável e que poderia servir de exemplo a outros governos. De nossa parte, podemos começar dentro de casa. "O mais importante para que o filho tenha uma alimentação saudável é que sua casa também tenha. A mãe deve incutir esse hábito em seus filhos, a família deve investir em esportes e atividades físicas", ensina Cláudia Cozer.


Não é preciso erradicar totalmente aquela bebida gelada e refrescante num dia quente ou o chocolate que está por aí em diversos formatos, recheados e decorados dando água na boca, mas diminuir aos poucos a quantidade já é um bom começo. Escolher o que de bom ou ruim entra em nossa dieta alimentar depende de nós.


Dicas de nutrição:


- Procure alimentos com baixo teor de gordura ou sem gordura.


- Lembre-se que um alimento que não contém açúcar pode conter muita gordura: preste atenção no rótulo.


- Aumente os carboidratos complexos (como arroz, feijão e massas) e evite os carboidratos simples (como doces e açúcar).


- Quando der vontade de comer doces, procure os caseiros, sem creme de leite, leite condensado e chocolate.


- Sempre que der vontade de comer algo, tome líquidos antes.


Fonte: Abeso

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