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Posso engravidar amamentando?

A resposta é sim. Apesar da amamentação inibir o retorno da ovulação e consequentemente uma nova gravidez, até 15 % das mulheres que amamentam e não usam nenhum método contraceptivo engravidam


A pós o parto, a fertilidade fica diminuída, porém não abolida. Grande parte das mulheres que amamentam passa alguns meses sem ciclos menstruais, mas, até o quarto mês, metade delas já recomeça a menstruar, seja regularmente ou não, o que pode ser precedido pela ovulação e, portanto, permitir maior risco de uma nova gravidez. “Os cuidados contraceptivos para quem não pretende engravidar depois de ter tido bebê devem ser tomados desde o reinício da atividade sexual, aproximadamente após 40 a 60 dias do parto”, afirma o ginecologista e obstetra Silvio Halpern.






A produção de hormônios no pós-parto imediato está voltada para a contração do útero e para a amamentação. Os demais ciclos hormonais ficam suspensos devido a estes dois fenômenos.






O principal hormônio da amamentação é a prolactina, que é estimulado pela sucção das mamas. Sabe-se que, quanto antes este estímulo ocorrer, maior a resposta, portanto a prática de amamentar nas primeiras horas deve ser incentivada nas maternidades. Além disso, a prolactina também bloqueia a produção das gonadotrofinas, que são os hormônios do ciclo menstrual normal, e é por este mecanismo que as lactantes não costumam menstruar.






Segundo o dr. Silvio Halpern, os principais métodos que não alteram o leite são:






Os de barreira, isto é, o preservativo (masculino ou feminino) ou o diafragma. O diafragma requer medida especial que deve ser feita pelo ginecologista, e é mais indicado após o reinício dos ciclos menstruais, quando a vagina já assumiu o seu tamanho e lubrificação normal.






Com relação aos anticoncepcionais orais, os mais indicados são os de progesterona, pois não interferem na produção de leite materno. Pílulas combinadas com estrogênio não devem ser utilizadas durante o período de amamentação.






Outra alternativa é a colocação de DIU, para quem quer um método mais duradouro. O DIU já pode ser colocado a partir do segundo mês pós-parto.






O método de abstinência periódica “tabelinha” não é aconselhável, pois a ovulação neste período não é regular e é difícil de ser prevista.






Existe ainda, para as famílias que já têm a prole constituída, a opção de esterilização cirúrgica, que deve ser muito bem pensada e discutida com o obstetra. “É recomendável que isso ocorra em momento oportuno e não no stress do parto”, alerta o médico. Há o risco de o recém-nascido apresentar alguma doença congênita que pode se manifestar no primeiro mês de vida (independente do procedimento e do país em que nasça), e do risco de contrair alguma doença infecciosa mais grave no primeiro ano de vida (em países menos desenvolvidos) que possa comprometer a qualidade de vida ou até a sobrevivência da criança. “Pode haver também a possibilidade, ainda não comprovada cientificamente, de alterações menstruais nas mulheres que optam por este método na hora do parto”, completa.






Se a lactante engravidar, a amamentação não costuma prejudicar a gravidez, mas, como o leite tende a voltar a ser colostro, a criança poderá deixar de mamar por causa da mudança no sabor. “Quando já foram introduzidos outros alimentos, o bebê poderá continuar mamando, pois nesse caso o leite materno deixou de ser a única fonte nutricional, mas ainda tem um forte componente emocional associado, e a mudança de sabor normalmente não é tão importante para ele”, explica Halpern.





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